Somália: carcaças de navios indicam fim da "glória" pirata
Pirata Somali posa próximo a uma embarcação de pesca de Taiwan que encalhou na praia de Obio. Foto: AP
A cidade costeira de Obio, antigo refúgio pirata, se encontra abandonada. Garrafas de uísque atiradas ao chão, navios antigos encalhados nas praias; sinais de que os tempos de glória dos piratas somalis podem estar terminando. Os piratas conversam mais sobre como pescar lagostas do que atacar navios de carga.
Os números impressionam: enquanto em 2009, 46 embarcações foram sequestradas, e em 2001, 176, neste ano, apenas 5 navios foram sequestrados. Em seu auge, os piratas somalis tinham até 600 reféns de cada vez, mas atualmente, possuem apenas 177.
Segundo porta-voz da Força Naval da União Europeia, a queda do número de sequestro é atribuída a esforços militares internacionais - Europa, China, Índia e Rússia - que aumentaram nos últimos anos. Navios mercantes melhoraram sua comunicação com patrulhas das forças militares, embarcações reforçaram suas defesas com seguranças armados, arame farpado e canhões de água.
Faduma Ali, uma prostituta da cidade de Galkayo, que era um refúgio pirata, tem saudades da época em que seus clientes piratas ainda tinham dinheiro. Nessa época, ela costumava ganhar até US$ 1 mil em uma noite de trabalho. Muitos piratas continuam desempregados, mas outros voltaram aos seus antigos trabalhos, como Mohamed Abdalla Aden, que trabalha como treinador de futebol de um time de meninos, e que ganha por mês o que costumava ganhar em um dia como pirata.
Apesar dos riscos, a recompensa em potencial pelo resgate de uma embarcação ainda atrai os piratas. Resgates por navios grandes custam em média US$ 5 milhões, mas o maior resgate pago até hoje foi de US$ 11 milhões.
Abdirizaq Saleh, que antigamente tinha seguranças e empregadas, além da atenção de lindas mulheres, hoje amarga em um quarto escuro e empoeirado fugindo de seus credores. "Os sequestros têm durado mais tempo, o valor dos resgates tem sido menor e existem menos chances de os ataques serem bem sucedidos," afirma Saleh.
A porta-voz da Força Naval da União Europeia, porém, adverte: apesar da melhora na segurança, as embarcações não devem ser complacentes. As recompensas são enormes e é improvável que os piratas desistam dos sequestros com tanta facilidade.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6180111-EI17615,00-Somalia+carcacas+de+navios+indicam+fim+da+gloria+pirata.html (26/09/2012)
A cidade costeira de Obio, antigo refúgio pirata, se encontra abandonada. Garrafas de uísque atiradas ao chão, navios antigos encalhados nas praias; sinais de que os tempos de glória dos piratas somalis podem estar terminando. Os piratas conversam mais sobre como pescar lagostas do que atacar navios de carga.
Os números impressionam: enquanto em 2009, 46 embarcações foram sequestradas, e em 2001, 176, neste ano, apenas 5 navios foram sequestrados. Em seu auge, os piratas somalis tinham até 600 reféns de cada vez, mas atualmente, possuem apenas 177.
Segundo porta-voz da Força Naval da União Europeia, a queda do número de sequestro é atribuída a esforços militares internacionais - Europa, China, Índia e Rússia - que aumentaram nos últimos anos. Navios mercantes melhoraram sua comunicação com patrulhas das forças militares, embarcações reforçaram suas defesas com seguranças armados, arame farpado e canhões de água.
Faduma Ali, uma prostituta da cidade de Galkayo, que era um refúgio pirata, tem saudades da época em que seus clientes piratas ainda tinham dinheiro. Nessa época, ela costumava ganhar até US$ 1 mil em uma noite de trabalho. Muitos piratas continuam desempregados, mas outros voltaram aos seus antigos trabalhos, como Mohamed Abdalla Aden, que trabalha como treinador de futebol de um time de meninos, e que ganha por mês o que costumava ganhar em um dia como pirata.
Apesar dos riscos, a recompensa em potencial pelo resgate de uma embarcação ainda atrai os piratas. Resgates por navios grandes custam em média US$ 5 milhões, mas o maior resgate pago até hoje foi de US$ 11 milhões.
Abdirizaq Saleh, que antigamente tinha seguranças e empregadas, além da atenção de lindas mulheres, hoje amarga em um quarto escuro e empoeirado fugindo de seus credores. "Os sequestros têm durado mais tempo, o valor dos resgates tem sido menor e existem menos chances de os ataques serem bem sucedidos," afirma Saleh.
A porta-voz da Força Naval da União Europeia, porém, adverte: apesar da melhora na segurança, as embarcações não devem ser complacentes. As recompensas são enormes e é improvável que os piratas desistam dos sequestros com tanta facilidade.
Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/0,,OI6180111-EI17615,00-Somalia+carcacas+de+navios+indicam+fim+da+gloria+pirata.html (26/09/2012)
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