Louise, o navio pirata de Paranaguá
Texto Marcello De Ferrari
As primeiras referências ligadas a este naufrágio aparecem, na forma de um comunicado, em 1717:
"Entrou neste anno nas Bahias de Pernaguá hum galeão hespanhol, do qual era Capitão Mr. Bolorot, que veio a refrescar, e refazer-se de mantimentos e aguada, por ter que seguir sua viagem ao porto do Chile, no mar pacifico".
Esta embarcação, na realidade de bandeira da França, retornou no ano seguinte. No ínicio de 1718, entrou na baia de Paranaguá vinda de Valparaizo do Chile com uma grande carga em prata. Fundeou para abastecer-se de água e mantimentos antes de voltar para a Europa.
Naquelas águas também estava a sumaca armada Louise que, vendo a embarcação francesa decidiu tentar apossar-se da mesma.
Vendo que a sumaca pirata era mais rápida, o navio francês ancorou na parte interna da Ilha da Cotinga. Enquanto os piratas fundeavam na parte externa da ilha, o cargueiro rumou novamente para as proximidades de Paranaguá, fundeando no porto chamado "de Nossa Senhora". Como o vento amainasse, os piratas decidiram fundear próximo da ponta da Ilha da Cotinga e aguardar alguma nova movimentação do cargueiro.
A população da vila de Paranaguá temia pelo pior, um saque não só ao cargueiro, mas também a vila que, naquele tempo encontrava-se sem defesas e com sua população sem treinamento em armas. Restou-lhes rezar pedindo "divina proteção", implorando auxílio à sua padroeira, Maria Santíssima Senhora do Rozário.
Seja pelo acaso da natureza ou pela divina vontade, aquela calmaria começou a transformar-se numa forte trovoada ao rumo Sudoeste e acabou por torna-se uma tempestade. Isto ocorreu de forma tão rápida que o navio pirata não teve tempo de procurar abrigo e, jogado pelas forças do vento e do mar, acabou por bater numa laje submersa, naufragando rapidamente.
Poucos foram os piratas que sobreviveram e que foram capturados. Nos interrogatórios que se seguiram soube-se que a embarcação pirata tinha dois capitães, um inglês e outro francês que, na época do naufrágio encontravam-se em diputa pelo cargo. Também soube-se que já haviam pilhado outros navios e que existiam a bordo 2 cofres com os tesouros conseguidos.
No dia 3 de junho de 1719, o Doutor Ouvidor Geral Rafael Pires Pardinho, como Provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, informa a El Rei Dom João V, por via do Conselho Ultramarino, a notícia do naufrágio e que havia ordenado a arrecadação de tudo o que se pudesse salvar do mesmo. Informou também que foram entregues ao Almoxarife das Armas 2 espingardas, um cano de outra e um alfange que foram encontrados nas praias, além de um grupo de negros escravos.
Estes escravos foram postos em leilão e o valor recebido foi guardado para ser devolvido aos senhores dos mesmos, " ... que na Villa de Santos tinhão Procuradores que justificarão serem seus...".
Anos mais tarde, em 11 de setembro de 1730, é publicada nova comunicação informando à população da vila que: "... nenhua pessoa de qualquer qualidade e condição que seja, dos moradores dessa Villa e seus districtos, possão recolher em suas cazas e fazendas aos Buzios (nome dado a escravos mergulhadores) de João de Araujo Silva, e seus soçiosque andam na deligençia de tirarem o verdadeiro Coffre da Nao pirata, quecom os mesmos naufragou na ponta da Cotinga..., sem que logo os remeta aos seus Senhores, incorrem nas penas dos que costumão dezencaminhar a Real Fazenda de Sua Magestade..."
Esta comunicação foi publicada depois que o grupo de negros mergulhadores resgatou do naufrágio um cofre, com moedas de ouro e prata, armas e nove peças de artilharia em bronze.
Neste ponto, abre-se uma lacuna na história onde, aparentemente, não houveram outras tentativas de resgate.
Apenas em 1963, uma nova tentativa de resgate é proposta. Um grupo de São Paulo decide tentar, utilizando técnicas modernas, resgatar o que havia sido deixado e, talvez, um cofre contendo cerca de 200.000 cruzados (cerca de 250 Kg. de ouro).
As operações de resgate teve duas fases distintas, uma na década de 60 e outra nos anos 80 e sofreu diversos imprevistos entre os quais: 4 naufrágios da chata de dragagem, um volume impressionante de sedimentos descarregados pelos rios da região, a morte (não ligada ao resgate) de um dos sócios e dificuldades financeiras e acabaram por terminar sem que sua meta principal, a localização do cofre, fosse atinginda.
Nas operações foram resgatados: 29 canhões de ferro, 1 canhão de bronze, 1 sino de bronze, centanas de balas de canhão, colheres e garfos, cachimbos, arcabuzes, várias moedas de ouro e prata, uma imagem de Nossa Senhora da Vitória, um Cristo em marfim, além de outros objetos menores e de um maxilar inferior, talvez pertencente a um dos desafortunados piratas.
Os resultados podem não ter sido fabulosos, os métodos utilizados podem hoje sofrer grandes críticas mas este é o único caso em que a pesquisa de um naufrágio mereceu, aqui no Brasil, a emissão de um selo
Mais um fato curioso sobre o resgate: Em 1969, o grupo de canhões resgatados durante a primeira fase dos trabalhos estava depositado no acampamento da Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio. Um belo dia foi verificado que 2 canhões estavam faltando e, após algumas diligências, soube-se que havia sido "pirateados" por marinheiros do navio alemão Merian. A Interpol foi acionada e, tendo sido o capitão do navio informado, as peças roubadas foram entregues em Capetown antes de retornarem ao Brasil.
Fonte: http://www.naufragios.com.br/louise.html
As primeiras referências ligadas a este naufrágio aparecem, na forma de um comunicado, em 1717:
"Entrou neste anno nas Bahias de Pernaguá hum galeão hespanhol, do qual era Capitão Mr. Bolorot, que veio a refrescar, e refazer-se de mantimentos e aguada, por ter que seguir sua viagem ao porto do Chile, no mar pacifico".
Esta embarcação, na realidade de bandeira da França, retornou no ano seguinte. No ínicio de 1718, entrou na baia de Paranaguá vinda de Valparaizo do Chile com uma grande carga em prata. Fundeou para abastecer-se de água e mantimentos antes de voltar para a Europa.
Naquelas águas também estava a sumaca armada Louise que, vendo a embarcação francesa decidiu tentar apossar-se da mesma.
Vendo que a sumaca pirata era mais rápida, o navio francês ancorou na parte interna da Ilha da Cotinga. Enquanto os piratas fundeavam na parte externa da ilha, o cargueiro rumou novamente para as proximidades de Paranaguá, fundeando no porto chamado "de Nossa Senhora". Como o vento amainasse, os piratas decidiram fundear próximo da ponta da Ilha da Cotinga e aguardar alguma nova movimentação do cargueiro.
A população da vila de Paranaguá temia pelo pior, um saque não só ao cargueiro, mas também a vila que, naquele tempo encontrava-se sem defesas e com sua população sem treinamento em armas. Restou-lhes rezar pedindo "divina proteção", implorando auxílio à sua padroeira, Maria Santíssima Senhora do Rozário.
Seja pelo acaso da natureza ou pela divina vontade, aquela calmaria começou a transformar-se numa forte trovoada ao rumo Sudoeste e acabou por torna-se uma tempestade. Isto ocorreu de forma tão rápida que o navio pirata não teve tempo de procurar abrigo e, jogado pelas forças do vento e do mar, acabou por bater numa laje submersa, naufragando rapidamente.
Poucos foram os piratas que sobreviveram e que foram capturados. Nos interrogatórios que se seguiram soube-se que a embarcação pirata tinha dois capitães, um inglês e outro francês que, na época do naufrágio encontravam-se em diputa pelo cargo. Também soube-se que já haviam pilhado outros navios e que existiam a bordo 2 cofres com os tesouros conseguidos.
No dia 3 de junho de 1719, o Doutor Ouvidor Geral Rafael Pires Pardinho, como Provedor da Fazenda dos Defuntos e Ausentes, informa a El Rei Dom João V, por via do Conselho Ultramarino, a notícia do naufrágio e que havia ordenado a arrecadação de tudo o que se pudesse salvar do mesmo. Informou também que foram entregues ao Almoxarife das Armas 2 espingardas, um cano de outra e um alfange que foram encontrados nas praias, além de um grupo de negros escravos.
Estes escravos foram postos em leilão e o valor recebido foi guardado para ser devolvido aos senhores dos mesmos, " ... que na Villa de Santos tinhão Procuradores que justificarão serem seus...".
Anos mais tarde, em 11 de setembro de 1730, é publicada nova comunicação informando à população da vila que: "... nenhua pessoa de qualquer qualidade e condição que seja, dos moradores dessa Villa e seus districtos, possão recolher em suas cazas e fazendas aos Buzios (nome dado a escravos mergulhadores) de João de Araujo Silva, e seus soçiosque andam na deligençia de tirarem o verdadeiro Coffre da Nao pirata, quecom os mesmos naufragou na ponta da Cotinga..., sem que logo os remeta aos seus Senhores, incorrem nas penas dos que costumão dezencaminhar a Real Fazenda de Sua Magestade..."
Esta comunicação foi publicada depois que o grupo de negros mergulhadores resgatou do naufrágio um cofre, com moedas de ouro e prata, armas e nove peças de artilharia em bronze.
Neste ponto, abre-se uma lacuna na história onde, aparentemente, não houveram outras tentativas de resgate.
Apenas em 1963, uma nova tentativa de resgate é proposta. Um grupo de São Paulo decide tentar, utilizando técnicas modernas, resgatar o que havia sido deixado e, talvez, um cofre contendo cerca de 200.000 cruzados (cerca de 250 Kg. de ouro).
As operações de resgate teve duas fases distintas, uma na década de 60 e outra nos anos 80 e sofreu diversos imprevistos entre os quais: 4 naufrágios da chata de dragagem, um volume impressionante de sedimentos descarregados pelos rios da região, a morte (não ligada ao resgate) de um dos sócios e dificuldades financeiras e acabaram por terminar sem que sua meta principal, a localização do cofre, fosse atinginda.
Nas operações foram resgatados: 29 canhões de ferro, 1 canhão de bronze, 1 sino de bronze, centanas de balas de canhão, colheres e garfos, cachimbos, arcabuzes, várias moedas de ouro e prata, uma imagem de Nossa Senhora da Vitória, um Cristo em marfim, além de outros objetos menores e de um maxilar inferior, talvez pertencente a um dos desafortunados piratas.
Os resultados podem não ter sido fabulosos, os métodos utilizados podem hoje sofrer grandes críticas mas este é o único caso em que a pesquisa de um naufrágio mereceu, aqui no Brasil, a emissão de um selo
Mais um fato curioso sobre o resgate: Em 1969, o grupo de canhões resgatados durante a primeira fase dos trabalhos estava depositado no acampamento da Empresa Brasileira de Engenharia e Comércio. Um belo dia foi verificado que 2 canhões estavam faltando e, após algumas diligências, soube-se que havia sido "pirateados" por marinheiros do navio alemão Merian. A Interpol foi acionada e, tendo sido o capitão do navio informado, as peças roubadas foram entregues em Capetown antes de retornarem ao Brasil.
Fonte: http://www.naufragios.com.br/louise.html
ResponderExcluirNo ano de 1730, o General da Capitania Antônio da Silva Caldeira Pimentel ordenou a João de Araújo da Silva que tirasse os restos do naufrágio do navio pirata francês, dando metade do que encontrasse para a Fazea outra metade, poderia ficar para ele, desde que tivesse todas as despesas por sua conta. nda Real de S. Majestade, e a outra metade, poderia ficar para ele, desde que tivesse todas as despesas por sua conta. Não achado tesouro de vulto, apenas algumas moedas de ouro. O capitão Boloret escondeu o tesouro na Ilha do Mel conforme mapa frances.
ResponderExcluirO tesouro da Ilha do mel dizem estar embaixo da Pedra da criança que chora, Em 1980 um turista e alguns moradores da Ilha roubaram o cofre da gruta da encantada que é Beatriz Miranda. O ladrão tesouro morreu afogado na gruta da encanta e a afogante diz ter sido a encantada que lhe falou voce tambem morrera e os irmãos tambem, um morrera fulminada pelo seu próprio coração, outro tera o pé decepado e ira sofrer até morrer.O mais novo não morrera mas perdera tudo que tem. O povo desta ilha perdera a minha proteção, a não ser que peça clemencia a minha filha do coração, ela nunca esteve nesta ilha carnalmente, mas conhece seu povo, 8 nome dela é mãos de luz, também será conhecida como raio de Luz e seu número é 03 16 23 33, número no qual se dará seu nascimento e será filha do enviado que guardara meus restos mortais e aqui permanecera algum tempo e depois irá embora. Onde esta o meu corpo não será profanado. Mãos de Luz virá até esta ilha quando tiver cinco anos junto com sua mãe carnal e quando tiver seis anos virá a meu chamado, junto com o enviado seu pai carnal. Neste dia raio de Luz me conhecerá e se houver clemencia a ilha se salvará e se não a ilha perdera toda sua beLeza e será nâo uma mas duas.
No ano de 1669 o Capitão-mor Gabriel de Lara, através da sesmaria, doa a Ilhas Cotinga e Rasa da Cotinga ao Capitão João Veloso de Miranda, que nela residia. No ano de 1675 os dois capitães assinam uma declaração, onde legalizam a Ilha da Cotinga como propriedade de um Conselho formado por colonizadores que regularizaram a posse das terras do litoral paranaense. Um ano depois, em 1676 foi reconhecida a escritura feita pelo capitão Manoel de Lemos para a doação da metade da Ilha da Cotinga a Ermida de Nossa Senhora das Mercês. Apesar desta doação, no ano de 1699 o padre João de Souza da Fonseca, da Companhia de Jesus, visita Antônio Morato, morador local e protetor da capela, concedendo autorização para demolir a Ermida de Nossa Senhora das Mercês, tirando suas telhas, madeiras, portas e portais, deixando apenas parte das paredes levantadas, que logo foi coberta pelo mato. Também neste mesmo ano, houve com a mesma invocação a Nossa Senhora das Mercês, a edificação de outra igreja com este material retirado da Ilha da Cotinga, na Rua da Fonte em Paranaguá (local onde se acha hoje a igreja de São Benedito). E no ano de 1708, Antônio Morato e sua mulher, tomam posse da parte da Ilha da Cotinga que pertencia à capela.
ResponderExcluirDez anos mais tarde, em 1718, houve um fato marcante na história da Ilha da Cotinga. Um navio a vela espanhol regressa do Chile carregado de prata, este mesmo navio que um ano antes esteve atracado na ilha, foi surpreendido por um corsário pirata francês, que pretendia saqueá-lo. Mas, devido ao mal tempo, o navio pirata ficou preso na parte de fora da ponta da ilha. O fato causou muito espanto e alvoroço, não só aos náuticos espanhóis, mas também aos moradores do continente, pois que infalivelmente esperavam ter um saque geral daqueles piratas. Como estavam sem nenhuma defesa, os moradores recorreram então ao divino auxílio, implorando a proteção de sua Padroeira Maria Santíssima Senhora do Rosário, para que os defendesse daqueles piratas. E segundo Vieira dos Santos, por um acaso da natureza formou-se uma trovoada ao rumo de sudoeste que se transformou em uma grande tempestade, causando o naufrágio do navio pirata.
ResponderExcluirApesar das tentativas de resgatar ouro do navio pirata, só se encontrou algumas moedas de ouro., pois. o capitão Carlos La Chené Bolorôt. Capitão do navio pirata que naufragou na ilha da Cotinga já tinha escondido o tesouro na Ilha do Mel, após efetuar um assalto a um galeão ao largo da baia de Paranaguá, fato que a história não registrou devido que os capitães da capitania em Paranagua, resolveram fazer silêncio, pois o povo estava amedrontado temendo um possível ataque a indefesa Vila de Paranagua e, também a debandada do povo, pois mais um navio pirata Frances tinha sido visto ancorado na Ilha do Mel, chamada Ilha da Baleia. Seria mal para os negócios da capitania relatarem o ocorrido. Naquele dia 09 de março de 1718, data do naufrágio do navio bucaneiro, o mau tempo se transformou em tempestade e de tempestade em tormenta, a terra tremeu, ruiu a abóboda da gruta da encanta e suas laterais, deslocando a ilha do mel e a ilha da galheta, transformando e erodindo a costa e soterrando o tesouro do capitão Carlos La Chené Bolorôt.
Segundo me contou um negro de 120 anos que morou na ilha do mel e morava na praia das bombinhas, o seu bisavó contou a seu pai que morreu com 110 anos que no galeão atacado pelo capitão Carlos La Chené Bolorôt. Capitão do navio pirata que naufragou na ilha da Coting, vinha à família Miranda, contitituida por um casal, uma jovem de 18 anos chamada Beatriz Veloso de Miranda, sobrinha do Capitão João Veloso de Miranda, jovem que em Portugal tinha decidido ser Freira, mas acompanhou o pai ao novo mundo por obediência e um casal de negros que zelavam por Beatriz e seu irmão menor de dois anos. Contava o zelador de Beatriz que a moça dirigia as orações no galeão que singrava os mares em direção as Terras de Vera Cruz ou Brazil. Atacado o navio, Bolorôt, matou toda a tripulação do navio, surrupiaram todos os bens dos viajantes, aprisionando Beatriz, seu irmão e o casal de escravos e os levou a ilha do Mel, onde escondeu vultoso tesouro em uma que ficava no local conhecido atualmente por prainha e que era revestida por vegetação e ali matou a criança de dois anos e a colocou no interior da gruta. No dia 03 de março de 1718, quatro piratas embriagados, tomaram beatriz e o casal de escravos e os levaram ate a gruta que hoje se chama encantada e á chegando espancaram beatriz, a estoparam e após o ato deixes e esta ilha será destruída pelos seus pecados. Um dos piratas disse a jovem, então você é uma jovem encantada, pois ficara aqui para guardar nosso tesouro, e a jogou em cima das pedras em frente a gruta, matoua, abriu seu peito e arrancou seu coração e o colocou em um baú com moedas de ouro e colares com pedra preciosa e, o escondeu no interior da gruta. Um índio tupiguarami que de longe viu e presenciou o fato, vai e conta ao cacique que reúne seus guerreiro e matam os quatro piratas e jogam seus corpos no mar. o cacique liberta os escravos e toma o corpo de beatriz mutilado, que segundo o zelador em vida era bela como a aurora e tinha os cabelos com pontas douradas e a leva para o cemitério tupiguarami e após a cerimônia de praxe a sepulta, desiguinando seu zelador como guarda do corpo da menina morta tão tragicamente. Beatriz a encantada jaz na ilha do mel e ainda o local do seu sepultamento não foi profanado, a espera de mãos ou raio de luz e do enviado, apesar de que toda a adjacência ter sido ocupada por turistas, sem saber que próximo a eles descan sa beatriz a verdadeira encantada, cuja gruta onde foi assassinada recebe hoje o nome de gruta das encantadas.
ResponderExcluirEm 1720 o capitão João Veloso de Miranda vai a ilha levando o seu sobrinho para ali residir e que foi agraciado com o o titulo de sesmaria da ilha. Vai até o local de seu sepultamento e, segundo o negro seu guardião, ajoelha-se e chora, pede perdão a beatriz e a seu sobrinho de dois anos por terem sido vitimas da barbarie humana.
De volta a Paranaguá escreve uma carta ao Papa pedindo a canonização de beatriz e a entrega ao padre João de Souza da Fonseca, da companhia de Jesus. Creio eu que essa carta nunca chegou ao Papa. Muito milagre tem acontecido na ilha do mel, mas não são daquela estatua de barro que colocarão no fundo da gruta das encantadas, mas sim de uma menina linda como a aurora e de cabelos dourados, chamada Beatriz a Encantada, a verdadeira Santa da ilha do mel.