Piratas serão ameaçados a partir do ar

Por Anna Khrustaleva

Navios da Frota do Pacífico (FP) russa estão a caminho da costa da Somália. Na sexta-feira, o destacamento zarpou do porto de Vladivostok rumo ao Golfo de Áden.

Foto: RIA Novosti

A marinha irá participar na missão internacional de combate à pirataria. Entretanto, parece que o formato dessa missão se está alargando: aviões da força aérea russa deverão pela primeira vez se juntar aos vasos de guerra. Eles irão ficar estacionados na base aérea francesa de Djibuti.

A rota do navio anti-submarino grande Marshal Shaposhnikov, do petroleiro Irkut e do rebocador de alto mar Alatau se estende, desde o Corno de Ouro (Zolotoi Rog) até ao Corno de África, por mais de 10 mil quilómetros. Segundo o porta-voz da Frota do Pacífico, Roman Martov, os marinheiros irão participar, junto à costa da Somália, na missão internacional de combate à pirataria:
“A tripulação do navio está preparada para cumprir os objetivos da missão. Os sistemas do navio e o seu armamento se encontram a funcionar em regime de missão. A bordo se encontra uma equipa aérea com 2 helicópteros К-27 e destacamentos de fuzileiros navais da FP que receberam treino específico que teve em conta a experiência russa e internacional de combate à pirataria.”

Antes disso, porém, a esquadra da Frota do Pacífico russa irá visitar a Índia para manobras navais conjuntas planejadas para Mumbai. Os marinheiros irão igualmente visitar a Tailândia, a Coreia do Sul, as Seychelles e, por fim, o porto africano de Djibuti. Desta vez é principalmente este lugar que prende as atenções. É aqui que se encontra a base militar da Legião Estrangeira Francesa. Há poucos dias se tornou conhecido que nesta base irão ficar estacionados aviões de reconhecimento russos. Essa proposta foi apresentada no encontro de ministros do Exterior e da Defesa da Rússia e da França pelo ministro da Defesa russo Anatoli Serdiukov.

A ideia já foi apoiada por Paris. Está previsto que os aviões de reconhecimento irão monitorizar a deslocação dos piratas a partir do ar e transmitir essa informação em tempo útil aos navios. Esta cooperação, especialmente se se considerar que é a primeira vez que aviões russos poderão estacionar numa base de um país membro da OTAN, pode ser considerada sensacional, destacou o comentador militar Viktor Baranets:
“Quanto à cooperação no combate aéreo à pirataria, se trata realmente do primeiro caso semelhante. A ideia de criar um centro internacional de combate à pirataria já foi avançada pela Rússia há vários anos, mas não teve o apoio da OTAN.”

Esta operação será já a 8ª na lista dos navios da Frota do Pacífico. A marinha russa têm escoltado navios pelo corredor de segurança russo desde outubro de 2008. Durante este período, os militares escoltaram com sucesso mais de setecentos comboios de navios mercantes.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2012_11_03/93354633/ (03/11/2012)

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