Portugueses no combate aos piratas, mas...

Ministro da Defesa lembra «restrições orçamentais» que o país enfrenta.

O ministro da Defesa assegurou esta quinta-feira que o governo tudo fará para que Portugal continue nas missões internacionais de combate à piratearia, salientando, contudo, a necessidade de adaptar essa participação às «restrições orçamentais» que o país enfrenta.

O ministro da Defesa Nacional, José Pedro Aguiar-Branco, acompanhado pelo chefe do Estado-Maior da Armada, almirante José Saldanha, deu hoje as boas vindas à guarnição do navio NRP Vasco da Gama, de volta a águas lusas após uma missão de quatro meses ao largo da costa da Somália.

Integrado desde o dia 13 de Abril passado na Força Naval da União Europeia (EUNAVFOR), onde desempenhou funções de navio-almirante do Comando da Operação Atalanta, o navio português atracou hoje nas águas da baía de Cascais, com sentido de missão cumprida.

Aguiar-Branco destacou a «importância» da missão efectuada, que teve como objectivos assegurar a protecção dos navios do Programa Alimentar Mundial que transportam ajuda humanitária ao povo somali ¿ o mais afectado pela crise de fome e seca que assola o Corno de África ¿, dos navios de apoio logístico à força de manutenção de paz na Somália da União Africana (AMISOM), bem como contribuir para o esforço militar no combate à piratearia nas águas do Índico Ocidental.

Na sua alocução à guarnição do NRP Vasco da Gama, no convés de voo/hangar, o ministro agradeceu o «empenho» de todos os que participaram numa «missão de grande relevo e de forte carácter humanitário», e que «prestigiou Portugal no cenário internacional».

«Todos souberam representar Portugal e reforçar a nossa capacidade para assumir as mais altas responsabilidades operacionais ao nível da União Europeia», destacou.

Aguiar Branco assegurou que tudo fará para que Portugal se mantenha empenhado neste tipo de missões, mas «dentro das restrições orçamentais que temos pela frente, dentro da racionalização de recursos que todos sabemos que teremos de cumprir».

«Esta missão permitiu às Forças Armadas Portuguesas, neste caso à Marinha, prestigiarem o nome de Portugal no cenário internacional, o que é muito importante quando nós todos vivemos zonas de depressão no que diz respeito à afirmação de Portugal no mundo», vincou.

A participação do navio português nesta missão teve a duração de 122 dias, contabilizando 87 dias no mar, durante os quais executou diversas tarefas, explicou o comodoro português Alberto Silvestre Correia, que esteve ao comando da EUNAVFOR.

«Foram quatro meses de actividade muito intensa, particularmente os primeiros dois ou três em que o mar era propício á piratearia. Estamos satisfeitos com o facto de termos reduzido substancialmente o número de navios pirateados», afirmou Silvestre Correia, segundo o qual «durante o comando português apenas dois navios foram pirateados».

A «dimensão da área a patrulhar» - que se estende do Corno de África até às ilhas Seychelles -, mas também a «falta de envolvimento dos países da região do Índico», que não estão disponíveis para receber e julgar os piratas, aumentando assim o «sentido de impunidade dos piratas», são algumas das maiores dificuldades neste tipo de missões, precisou.

Fonte: http://www.tvi24.iol.pt/politica/tvi24-ultimas-noticias-piratas-aguiar-branco-defesa/1276077-4072.html (27/08/2011)

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