Blackwater queria caçar piratas, diz dossiê vazado pelo WikiLeaks
Acusada de cometer abusos no Iraque e no Afeganistão, empresa de segurança rebatizada de Xe Services buscava novo negócio.
The New York Times
Erik Prince, diretor da companhia conhecida anteriormente como Blackwater. The New York Times
Envolta em investigações criminais e cercada por investigadores do Congresso, como poderia a maior e mais controversa empresa mundial de segurança privada conseguir novos negócios? Combatendo piratas em alto mar, é claro.
Segundo documento vazado pelo site WikiLeaks, no fim de 2008 a Blackwater Worldwide, já sob ataque por causa de acusações de abusos cometidos por guardas de sua segurança no Iraque e no Afeganistão, reconfigurou um navio de pesquisa oceanográfica de 55 metros em um navio caça-piratas de aluguel e, em seguida, começou a oferecer serviços a empresas de transporte em busca de proteção contra piratas somalis.
O diretor executivo da empresa, Erik Prince, estava planejando uma viagem a Djibuti para um evento promocional e a Blackwater esperava que a Embaixada dos Estados Unidos no local iria ajudá-la, de acordo com um dossiê do Departamento de Estado.
Mas com o governo de Obama empossado havia poucas semanas, os diplomatas dos Estados Unidos em Djibuti enfrentavam um problema. Eles supostamente deveriam promover empresas dos Estados Unidos, mas esta era a Blackwater, uma companhia que a secretária de Estado Hillary Rodham Clinton propôs proibir em zonas de guerra quando era candidata presidencial.
A embaixada "gostaria de receber orientação do Departamento de Estado sobre o nível adequado de envolvimento com a Blackwater", escreveu James Swan, o embaixador dos Estados Unidos no Djibuti, em um telegrama enviado no dia 12 de fevereiro de 2009.
Os planos da Blackwater para entrar no negócio antipirataria foram relatados previamente, mas não a preocupação do governo dos Estados Unidos sobre o empreendimento.
De acordo com esse dossiê, a Blackwater tinha equipado o seu navio de bandeira americana com metralhadoras calibre 50 e uma pequena aeronave desarmada. O navio, batizado de McArthur, iria transportar uma tripulação de 33 membros para patrulhar as águas do Golfo de Áden por 30 dias antes de retornar a Djibuti para reabastecer.
E a empresa já havia determinado as suas regras de engajamento."A Blackwater não pretende levar qualquer pirata em custódia, mas vai usar força letal contra os piratas, se necessário", de acordo com o dossiê.
Na época, a empresa ainda estava à espera de aprovações de seus advogados para as suas operações previstas, uma vez que a Blackwater havia informado a embaixada que "não havia precedente para uma operação de paramilitares em um ambiente puramente comercial".
Ações
Ações movidas posteriormente por membros da tripulação do McArthur fazem a vida no navio soar pouco melhor do que aquela levada por marinheiros na época do pirata Barba Negra.
Um ex-membro da tripulação disse, de acordo com documentos legais, que o capitão do navio, que tinha bebido durante uma escala na Jordânia, ordenou que ele fosse "colocado nos ferros" (algemado a um suporte para toalhas) depois de ter sido acusado de dar uma entrevista sem autorização ao jornal de sua cidade natal, em Minnesota. O capitão, de acordo com o processo, também ameaçou colocar o marinheiro em uma camisa de força. Outro membro da tripulação, que é negro, afirmou em documentos judiciais que ele foi repetidamente submetido a insultos racistas.
No final, a Blackwater Maritime Security Services não encontrou lucro no negócio da caça a piratas já que nunca atraiu muitos clientes. E a gestão Obama decidiu não cortar as relações do governo dos Estados Unidos com a empresa da Carolina do Norte, que conseguiu mais de US$ 1 bilhão em contratos de segurança no Iraque e no Afeganistão desde 2001. A Blackwater foi rebatizada Xe Services e, no início deste ano, a empresa ganhou um contrato de US$ 100 milhões da CIA para proteger as bases da agência de espionagem no Afeganistão.
Por Mark Mazetti
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/blackwater+queria+cacar+piratas+diz+dossie+vazado+pelo+wikileaks/n1237852520194.html (07/12/2010)
The New York Times
Erik Prince, diretor da companhia conhecida anteriormente como Blackwater. The New York Times
Envolta em investigações criminais e cercada por investigadores do Congresso, como poderia a maior e mais controversa empresa mundial de segurança privada conseguir novos negócios? Combatendo piratas em alto mar, é claro.
Segundo documento vazado pelo site WikiLeaks, no fim de 2008 a Blackwater Worldwide, já sob ataque por causa de acusações de abusos cometidos por guardas de sua segurança no Iraque e no Afeganistão, reconfigurou um navio de pesquisa oceanográfica de 55 metros em um navio caça-piratas de aluguel e, em seguida, começou a oferecer serviços a empresas de transporte em busca de proteção contra piratas somalis.
O diretor executivo da empresa, Erik Prince, estava planejando uma viagem a Djibuti para um evento promocional e a Blackwater esperava que a Embaixada dos Estados Unidos no local iria ajudá-la, de acordo com um dossiê do Departamento de Estado.
Mas com o governo de Obama empossado havia poucas semanas, os diplomatas dos Estados Unidos em Djibuti enfrentavam um problema. Eles supostamente deveriam promover empresas dos Estados Unidos, mas esta era a Blackwater, uma companhia que a secretária de Estado Hillary Rodham Clinton propôs proibir em zonas de guerra quando era candidata presidencial.
A embaixada "gostaria de receber orientação do Departamento de Estado sobre o nível adequado de envolvimento com a Blackwater", escreveu James Swan, o embaixador dos Estados Unidos no Djibuti, em um telegrama enviado no dia 12 de fevereiro de 2009.
Os planos da Blackwater para entrar no negócio antipirataria foram relatados previamente, mas não a preocupação do governo dos Estados Unidos sobre o empreendimento.
De acordo com esse dossiê, a Blackwater tinha equipado o seu navio de bandeira americana com metralhadoras calibre 50 e uma pequena aeronave desarmada. O navio, batizado de McArthur, iria transportar uma tripulação de 33 membros para patrulhar as águas do Golfo de Áden por 30 dias antes de retornar a Djibuti para reabastecer.
E a empresa já havia determinado as suas regras de engajamento."A Blackwater não pretende levar qualquer pirata em custódia, mas vai usar força letal contra os piratas, se necessário", de acordo com o dossiê.
Na época, a empresa ainda estava à espera de aprovações de seus advogados para as suas operações previstas, uma vez que a Blackwater havia informado a embaixada que "não havia precedente para uma operação de paramilitares em um ambiente puramente comercial".
Ações
Ações movidas posteriormente por membros da tripulação do McArthur fazem a vida no navio soar pouco melhor do que aquela levada por marinheiros na época do pirata Barba Negra.
Um ex-membro da tripulação disse, de acordo com documentos legais, que o capitão do navio, que tinha bebido durante uma escala na Jordânia, ordenou que ele fosse "colocado nos ferros" (algemado a um suporte para toalhas) depois de ter sido acusado de dar uma entrevista sem autorização ao jornal de sua cidade natal, em Minnesota. O capitão, de acordo com o processo, também ameaçou colocar o marinheiro em uma camisa de força. Outro membro da tripulação, que é negro, afirmou em documentos judiciais que ele foi repetidamente submetido a insultos racistas.
No final, a Blackwater Maritime Security Services não encontrou lucro no negócio da caça a piratas já que nunca atraiu muitos clientes. E a gestão Obama decidiu não cortar as relações do governo dos Estados Unidos com a empresa da Carolina do Norte, que conseguiu mais de US$ 1 bilhão em contratos de segurança no Iraque e no Afeganistão desde 2001. A Blackwater foi rebatizada Xe Services e, no início deste ano, a empresa ganhou um contrato de US$ 100 milhões da CIA para proteger as bases da agência de espionagem no Afeganistão.
Por Mark Mazetti
Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/nyt/blackwater+queria+cacar+piratas+diz+dossie+vazado+pelo+wikileaks/n1237852520194.html (07/12/2010)
Olá, eu queria saber mais sobre aquela música que os piratas cantam em "Piratas do Caribe-No fim do mundo", se possível...Ela aparece bem no começo do filme, e Elizabeth canta depois também...
ResponderExcluirQual é a lenda??O que significa??
Onde encontro a letra original??
Obrigada!!!
Olá Raquel...dos Cabelos cor de Mel...
ResponderExcluirCara! Gostei disso!
Bem...respondendo sua pergunta, a música a que se refere é "HOIST THE COLOURS", e foi composta por Hans Zimmer e Gore Verbinski - respectivamente compositor e diretor - para o filme Piratas do CARIBE 3.
Na verdade não tem lenda nenhuma, apenas referências a personagens do próprio filme (como Calypso, por exemplo) e a mudança de vida que os piratas enfrentavam por volta do século XVIII. Eles quiseram, com a letra e as imagens, passar a vitória da realidade (mundo burocrático) sobre o mundo da fantasia e da aventura (o mundo dos piratas) e a agonia que isso proporcionou para um grupo de pessoas. Ao morrerem cantando, os piratas deixavam a história, mas também deixavam sua mensagem.
Claro que isso é cinema...Na realidade muitos morreram enforcados, sem cantoria alguma.
Espero ter esclarecido sua dúvida. Qualquer coisa, não deixe de escrever!
HOIST THE COLOURS
By Hans Zimmer
The king and his men
Stole the queen from her bed
And bound her in her bones
The seas be ours and by the powers
Where we will well roam
Yo, ho, all together
Hoist the colors high
Leave ho, thieves and beggars
Never shall we die
Some men have died and some are alive
And others sail on the sea
With he keys to the cage
And the devil to pay we lay to fiddler's green
The bell has been raised
From it's watery grave
Do you hear it's sepulchral tone
We are a call to all, pay head the squall
And turn your sail toward home
Ergam As Cores
O rei e seus homens
Roubaram a rainha de sua cama
E amarraram ela a seus ossos
Os mares serão nossos pela força
Onde estaremos, nós vagaremos
Yo,ho,todos juntos
Icem as bandeiras!
Levantem-se, pedintes e ladrões
Nunca deveremos morrer (2x)
Alguns homens morreram e alguns estão vivos
E outros navegam no mar
Com as chaves da gaiola
E o diabo para pagar, nós mandamos o novato trapaceiro
O sino se levanda
Da sua sepultura de água
Você ouve este toque sepulcral?
Nós vamos chamar a todos, pagar o guia para a ventania
E vire a vela e volte para casa