Piratas somalis têm quase 300 reféns e 15 navios sequestrados

Os piratas somalis têm sequestrados 277 tripulantes e 15 navios, revelou a Câmara de Comércio Internacional (CCI) à Agência Lusa, ao informar sobre o balanço da pirataria marítima nos primeiros nove meses do ano.

A nível mundial, até ao dia 27 de setembro, foram registados 346 incidentes de pirataria marítima, que levaram ao sequestro de 35 navios e respetivas tripulações, parte dos quais foram entretanto libertados, especificou a entidade em resposta a uma solicitação da Agência Lusa.

A CCI [International Chamber of Commerce, na designação em Inglês] dá ainda conta do alastramento da pirataria à África Ocidental, entre a Nigéria e a Guiné, e ao Brasil, em particular nas zonas do porto de Santos e Vila do Conde.

Dos 35 ataques registados, 24 foram na região da Somália, Corno de África, onde os piratas somalis mantêm "sequestrados 277 tripulantes, pertencentes a 15 navios aprisionados".

A CCI defendeu a "importância de continuar a resistir à pirataria e roubos à mão armada" que, no caso da Somália, já provocaram "a morte a 15 tripulantes e mais de 400 reféns", além de "milhões de dólares pagos em resgates" pelos armadores nos últimos anos.

Só durante o mês de outubro, os dados da CCI, ainda provisórios, já indicam "10 ataques, cinco dos quais na região da Somália", com os outros ocorridos no Vietname, Equador, na Venezuela, Tanzânia e Nigéria.

Acrescenta que os piratas "já estão a utilizar embarcações de alta velocidade" para atacar os navios ao largo, como ocorrido em 04 de outubro, com "cinco homens numa embarcação semi-rígida a abordarem ao largo de Guanta [Venezuela] um navio de contentores", especifica.

O último caso de pirataria foi registado pela CCI no porto de Vung Tau, no Vietname, no dia 10, com "homens armados a atacarem os tripulantes, para roubarem material transportado a bordo".

No rio Guayaquil, no Equador, no dia 07 de outubro, "15 homens com armas de fogo abordaram um navio mercante e rebentaram dois contentores para levar o seu recheio", concluiu a fonte.

A atividade de pirataria levou a que a comunidade internacional aprovasse duas operações militares para proteção dos navios, uma da NATO e outra da União Europeia, em que Portugal participa com navios da Marinha no patrulhamento, escolta e proteção das embarcações, na região da África oriental.

Fonte: http://www.rtp.pt/noticias/?t=Piratas-somalis-tem-quase-300-refens-e-15-navios-sequestrados.rtp&article=488988&visual=3&layout=10&tm=7 (15/10/2011)

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