Piratas desviam ataques ao Mar Vermelho, alerta Otan

AE-AP - Agência Estado

O comandante da frota antipirataria da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Golfo de Áden, o comodoro Michiel Hijmans, disse hoje que os piratas somalis podem estar transferindo suas atividades criminosas para o sul do Mar Vermelho, onde as forças navais que os combatem possuem menos autoridade para interceptá-los.

Além de um recente ataque reportado na região, Hijmans disse que aconteceram "uma série de falsos alarmes", nos quais os marinheiros acreditaram ser seguidos por piratas, chegando até a disparar contra embarcações. "Estamos bastante cautelosos e preocupados de que possam ocorrer mais ataques naquela área", disse Hijmans, a bordo da fragata holandesa De Zeven Provincien, após o navio de guerra ancorar em Dubai.

Os navios de guerra estrangeiros possuem autorização do Conselho de Segurança (CS) da Organização das Nações Unidas (ONU) para caçar piratas nas águas territoriais da Somália, usando "todos os meios necessários". Mas o Mar Vermelho fica fora dessa área, o que cria um possível novo fronte de operação para os piratas.

Além da frota da Otan, operam na costa da Somália, atualmente, uma frota dos Estados Unidos, outra da União Europeia e embarcações militares da China, Rússia e Índia, todas com o objetivo de combater a pirataria. Mas elas relutam em perseguir os piratas na costa do Iêmen ou no Mar Vermelho, não abrangidas pela autorização do CS da ONU, disse Hijmans.

Os piratas somalis atacaram em 4 de julho o navio mercante Motivator, com bandeira das Ilhas Marshall, na parte norte do estreito de Bab al-Mandeb, que liga o Mar Vermelho ao Golfo de Áden. O navio tinha uma tripulação de 18 marinheiros filipinos e transportava combustíveis.

Fonte: www.estadao.com.br/noticias/internacional/ (21/07/2010)

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