Somália: Pirataria vai continuar por ser negócio com muitos interesses - Estudo
A pirataria ao largo da Somália “é um negócio com muitos interessados”, o que impede a resolução deste problema nos próximos tempos, refere um estudo publicado hoje pelo Instituto de Pesquisa Económica de Berlim (DIW).
Para muitos somalis desempregados, “a pirataria é uma alternativa atraente” e quanto à missão Atalanta da União Europeia, em que participa também a marinha portuguesa, “é um exemplo de boa cooperação a que não há urgência em pôr termo”, disse a autora do estudo, Anja Shortland.
No que se refere às seguradoras, a pirataria na região “transformou-se num gigantesco negócio”, sublinhou também a economista.
A presença militar internacional “não teve efeitos dissuasores”, até porque, desde o início da missão, o número de abordagens a navios duplicou, disse Shortland.
É certo que, no Golfo de Aden, o número de atos de pirataria diminuiu, devido à vigilância dos vasos de guerra europeus.
Mas os piratas deslocaram o epicentro da sua ação para a Bacia da Somália, um mar desprotegido, de acordo com o estudo do DIW.
A presença das unidades da marinha internacional “provocou mesmo, embora involuntariamente, a consolidação do círculo vicioso formado pelos ataques dos piratas, as abordagens de navios e o pagamento de resgates”, referiu.
A pirataria na região “tornou-se assim mais previsível, não apenas para os piratas, mas também para as seguradoras e os armadores dos navios, estabelecendo-se um equilíbrio de forças e de interesses aceite tacitamente”, constatou Anja Shortland.
Segundo a economista alemã, o “status quo” baseia-se no facto de os piratas renunciarem ao uso de violência gratuita e terem passado a exigir resgates comportáveis, levando os armadores a preferirem fazer seguros, em vez de investirem em mais medidas de proteção.
Num balanço geral, o número de navios afetados é relativamente baixo, em comparação com o tráfego que existe na zona: dos 30 mil navios que passam anualmente no Golfo de Aden, em 2009 116 foram atacados por piratas.
Do ponto de vista das vítimas, a pirataria é encarada, por isso, como um “contratempo económico”, que não representa uma ameaça de grandes dimensões e por isso as hipóteses de a situação mudar “são poucas”, concluiu Shortland.
Fonte: www.correiodominho.com/ (22/07/2010)
Para muitos somalis desempregados, “a pirataria é uma alternativa atraente” e quanto à missão Atalanta da União Europeia, em que participa também a marinha portuguesa, “é um exemplo de boa cooperação a que não há urgência em pôr termo”, disse a autora do estudo, Anja Shortland.
No que se refere às seguradoras, a pirataria na região “transformou-se num gigantesco negócio”, sublinhou também a economista.
A presença militar internacional “não teve efeitos dissuasores”, até porque, desde o início da missão, o número de abordagens a navios duplicou, disse Shortland.
É certo que, no Golfo de Aden, o número de atos de pirataria diminuiu, devido à vigilância dos vasos de guerra europeus.
Mas os piratas deslocaram o epicentro da sua ação para a Bacia da Somália, um mar desprotegido, de acordo com o estudo do DIW.
A presença das unidades da marinha internacional “provocou mesmo, embora involuntariamente, a consolidação do círculo vicioso formado pelos ataques dos piratas, as abordagens de navios e o pagamento de resgates”, referiu.
A pirataria na região “tornou-se assim mais previsível, não apenas para os piratas, mas também para as seguradoras e os armadores dos navios, estabelecendo-se um equilíbrio de forças e de interesses aceite tacitamente”, constatou Anja Shortland.
Segundo a economista alemã, o “status quo” baseia-se no facto de os piratas renunciarem ao uso de violência gratuita e terem passado a exigir resgates comportáveis, levando os armadores a preferirem fazer seguros, em vez de investirem em mais medidas de proteção.
Num balanço geral, o número de navios afetados é relativamente baixo, em comparação com o tráfego que existe na zona: dos 30 mil navios que passam anualmente no Golfo de Aden, em 2009 116 foram atacados por piratas.
Do ponto de vista das vítimas, a pirataria é encarada, por isso, como um “contratempo económico”, que não representa uma ameaça de grandes dimensões e por isso as hipóteses de a situação mudar “são poucas”, concluiu Shortland.
Fonte: www.correiodominho.com/ (22/07/2010)
Comentários
Postar um comentário