2010 teve número recorde de reféns por piratas
(AFP)
KUALA LUMPUR — O número de marinheiros feitos reféns em 2010 em todo o mundo, sobretudo perto das costas somalis por piratas fortemente armados, não tem precedentes, anunciou o Escritório Marítimo Internacional (BMI, na sigla em inglês).
No total, 445 ataques foram registrados no mundo, 10% a mais que em 2009, segundo o BMI, que tem sede em Kuala Lumpur, em seu relatório anual.
Além disso, 53 barcos foram capturados pelos piratas, que fizeram prisioneiros 1.181 marinheiros, contra apenas 188 reféns em 2006 e 1.050 em 2009. Oito tripulantes foram assassinados.
"São os números mais elevados registrados até hoje", afirmou o capitão Pottengal Mukundan, diretor do Centro de Vigilância da Pirataria do BMI, que começou a funcionar em 1991.
"Este aumento permanente é alarmante", completou.
No fim de dezembro, 28 barcos e 638 reféns permaneciam sob poder dos piratas, segundo o BMI, um organismo vinculado à rede internacional das Câmaras de Comércio.
O Oceano Índico, em particular o Golfo de Aden, foi a zona marítima mais perigosa do planeta no ano passado.
Os sequestros de reféns nas costas da Somália representaram 92% do total, com 49 embarcações e 1.016 marinheiros prisioneiros.
Mas o número de ataques diminuiu consideravelmente no Golfo de Aden, a 53 contra 117 em 2009, graças à presença de navios militares de vários países.
Nesta região, os piratas estão cada vez mais bem armados e utilizan métodos mais modernos, o que dificulta a tarefa da frota internacional responsável por levar segurança ao tráfego marítimo.
Muitos reféns de países tão diversos como Índia, Filipinas ou Gana esperam às vezes por meses por uma eventual liberação.
"Eles capturam a tripulação e a obrigam a aproximar-se de outros barcos que não suspeitam para atacá-los", explica o capitão Mukundan.
Ao mesmo tempo, os piratas ampliaram o raio de ação no Oceano Índico, chegando pela primeira vez ao canal de Moçambique.
Desta forma se adaptam à presença de navios de guerra, sobretudo da força europeia Atalante, mobilizados no entorno do Chifre da África.
"Estes navios impediram muitos ataques de piratas", destacou Mukundan, que considera "fundamental" a manutenção da operação da Otan "Ocean Shield".
Mas o problema da pirataria não será resolvido no mar, e sim na terra, pos todas as medidas no mar são minadas pela falta de um Estado responsável na Somália, destacou Mukundan.
Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jOeXvQNNbcKtnvUuM88BkvjEEjFQ?docId=CNG.152efb8ee0609a391dd4136e16ab813c.e1 (18/01/2011)
KUALA LUMPUR — O número de marinheiros feitos reféns em 2010 em todo o mundo, sobretudo perto das costas somalis por piratas fortemente armados, não tem precedentes, anunciou o Escritório Marítimo Internacional (BMI, na sigla em inglês).
No total, 445 ataques foram registrados no mundo, 10% a mais que em 2009, segundo o BMI, que tem sede em Kuala Lumpur, em seu relatório anual.
Além disso, 53 barcos foram capturados pelos piratas, que fizeram prisioneiros 1.181 marinheiros, contra apenas 188 reféns em 2006 e 1.050 em 2009. Oito tripulantes foram assassinados.
"São os números mais elevados registrados até hoje", afirmou o capitão Pottengal Mukundan, diretor do Centro de Vigilância da Pirataria do BMI, que começou a funcionar em 1991.
"Este aumento permanente é alarmante", completou.
No fim de dezembro, 28 barcos e 638 reféns permaneciam sob poder dos piratas, segundo o BMI, um organismo vinculado à rede internacional das Câmaras de Comércio.
O Oceano Índico, em particular o Golfo de Aden, foi a zona marítima mais perigosa do planeta no ano passado.
Os sequestros de reféns nas costas da Somália representaram 92% do total, com 49 embarcações e 1.016 marinheiros prisioneiros.
Mas o número de ataques diminuiu consideravelmente no Golfo de Aden, a 53 contra 117 em 2009, graças à presença de navios militares de vários países.
Nesta região, os piratas estão cada vez mais bem armados e utilizan métodos mais modernos, o que dificulta a tarefa da frota internacional responsável por levar segurança ao tráfego marítimo.
Muitos reféns de países tão diversos como Índia, Filipinas ou Gana esperam às vezes por meses por uma eventual liberação.
"Eles capturam a tripulação e a obrigam a aproximar-se de outros barcos que não suspeitam para atacá-los", explica o capitão Mukundan.
Ao mesmo tempo, os piratas ampliaram o raio de ação no Oceano Índico, chegando pela primeira vez ao canal de Moçambique.
Desta forma se adaptam à presença de navios de guerra, sobretudo da força europeia Atalante, mobilizados no entorno do Chifre da África.
"Estes navios impediram muitos ataques de piratas", destacou Mukundan, que considera "fundamental" a manutenção da operação da Otan "Ocean Shield".
Mas o problema da pirataria não será resolvido no mar, e sim na terra, pos todas as medidas no mar são minadas pela falta de um Estado responsável na Somália, destacou Mukundan.
Fonte: http://www.google.com/hostednews/afp/article/ALeqM5jOeXvQNNbcKtnvUuM88BkvjEEjFQ?docId=CNG.152efb8ee0609a391dd4136e16ab813c.e1 (18/01/2011)
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