Navio de pesca moçambicano está em poder de piratas

Segundo dados divulgados pela missão da União Europeia contra a Pirataria no Oceano Índico, actualmente 28 embarcações e 654 reféns estão sob poder dos piratas na costa da Somália.

Maputo - Continuam por apurar as circunstâncias e motivações por detrás do desaparecimento da embarcação pesqueira moçambicana “Vega 5”, aparentemente interceptada por piratas do mar no passado dia 27 de Dezembro, quando se encontrava em plena faina, na costa do Oceano Índico, próximo do arquipélago de Bazaruto, informa nesta quarta-feira (5) o jornal Notícias.

Segundo o vice-ministro das Pescas, Gabriel Muthisse, a movimentação do barco está a ser monitorada numa acção coordenada com alguns países vizinhos da região e confirma que, até ontem (terça-feira), a embarcação já se encontrava fora das águas nacionais e seguia viagem em direcção ao Norte.

Segundo Muthisse, o ponto de partida para se decidir sobre qualquer passo a seguir está dependente da compreensão do ambiente no interior da embarcação, facto que até aqui não tem sido possível em virtude de as autoridades não terem contacto com a tripulação devido ao corte de comunicações.

A situação, de acordo com o vice-ministro das Pescas, torna-se mais difícil de compreender considerando que se trata de uma simples embarcação pesqueira de pequeno porte, que habitualmente não são o alvo preferido dos piratas. Na verdade, segundo ele, a maior preciosidade que o barco transporta são os 24 tripulantes, 19 dos quais moçambicano, a quem as autoridades estão apostadas em garantir que estejam protegidos, seja qual for a condição em que o barco tiver sido desviado da sua rota e actividade.

De acordo com o jornal Notícias, os 11 tripulantes da embarcação de pescas de bandeira malgaxe, sequestrados por piratas no passado dia 27 de Dezembro no oceano Índico, e que no último domingo foram dar à costa de Sofala, no Porto da Beira, dizem ter visto o barco “Vega 5” a ser conduzido por piratas para o alto mar, numa altura em que também se encontravam sob custódia do mesmo grupo.

Os onze tripulantes, refira-se, disseram ter sido “libertos” pelos piratas depois que estes se aperceberam que o combustível da sua embarcação não seria suficiente para seguir viagem. Abandonados, e já sem combustível, estes tripulantes içaram as velas tendo avançado até ao Porto da Beira, em busca de socorro.

Segundo dados divulgados pela missão da União Europeia contra a Pirataria no Oceano Índico, actualmente 28 embarcações e 654 reféns estão sob poder dos piratas na costa da Somália.

Fonte: http://www.africa21digital.com/noticia.kmf?cod=11248686&canal=404 (05/01/2011)

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