Robert Louis Stevenson

Nascido em Edimburgo em 1850, Robert Louis (originalmente, Lewis) Balfour Stevenson era filho de um próspero engenheiro civil. Seu pai desejava que ele seguisse sua profissão, porém a má saúde e a fraca disposição de seu filho significavam que teriam de decidir-se por uma carreira alternativa. Escolhendo o curso de Direito como um compromisso, Stevenson matriculou-se na Universidade de Edimburgo, porém sua crescente desilusão com a respeitabilidade presbiteriana da classe de seus pais conduziu a freqüentes discussões e ele distanciou-se da família, preferindo em vez disso levar uma vida boêmia. Sua fascinação pela vida do baixo mundo da cidade e pelos caracteres bizarros que nela encontrava forneceu um rico material para suas histórias posteriores. Em 1875, quando Stevenson completou seus estudos de Direito, já estava determinado a tornar-se um escritor profissional.

Quando ainda se encontrava no princípio da casa dos vinte anos, ele começou a sofrer de severos problemas respiratórios, que o clima escocês não fez nada para melhorar. Na tentativa de aliviar seus sintomas, ele passou grande parte de sua vida viajando para climas mais quentes; e foi enquanto vivia na França, em 1876, que conheceu sua futura esposa, Mrs. Fanny Osbourne, uma mulher dez anos mais velha do que ele. Em 1879, ele a seguiu até a Califórnia, viajando em um navio de imigrantes, e depois ambos se casaram, assim que o divórcio dela foi oficializado. As primeiras obras publicadas de Stevenson, Uma Viagem pelo interior (1878) e Viagens com um burro nas Cervennes (1879), baseadas em suas próprias aventuras, foram seguidas por um fluxo constante de artigos e ensaios.

Todavia, foi somente em 1883 que apareceu sua primeira obra de ficção extensa, A ilha do tesouro. Uma fase grave de doença, seguida por um período de descanso em Bournemouth, colocou Stevenson em contato com Henry James e os dois ficaram grandes amigos. O reconhecimento que Stevenson recebeu após a publicação de A ilha do tesouro cresceu com a publicação de O estranho caso do Dr. Jekyll e Mr. Hyde (O médico e o monstro) e Raptado, em 1886. Em 1888, ele levou sua família para os Mares do Sul, novamente em busca de um clima que melhor se coadunasse com suas condições de saúde. Após estabelecer-se em Samoa, ganhou reputação como contador de histórias, especialmente entre os nativos. Morreu de uma hemorragia cerebral, enquanto trabalhava em sua obra-prima inacabada, Weir of Hermiston, em 1894.

A criação calvinista de Stevenson e sua constante luta contra a má saúde conduziram à sua preocupação com a morte e o lado mais escuro da natureza humana, como é revelado em seu trabalho. A despeito da afirmação de Stevenson de que “a ficção é para o homem adulto o que o brinquedo representa para a criança”, ele havia, no final de sua vida, dominado uma enorme variedade de tipos de ficção, desde os contos de aventuras históricas e romances de espadachins até as histórias de horror em estilo gótico.

Fonte: http://www.lpm-editores.com.br/site/default.asp?TroncoID=805134&SecaoID=948848&SubsecaoID=0&Template=../livros/layout_autor.asp&AutorID=064809


A Ilha do Tesouro

A Ilha do Tesouro fixou o padrão da narrativa de aventuras para jovens, uma vez que tem como narrador um herói adolescente que conta a sua própria história. Na altura da sua publicação, esta era já uma prática comum nas revistas de aventuras para jovens. No entanto, é a qualidade da escrita e o apelo dos temas que fazem do livro de Stevenson um sucesso permanente a nível internacional. Jim Hawkins ajuda os pais na estalagem Admiral Benbow, numa parte da costa inglesa pouco frequentada. Um marinheiro velho e tirano, Billy Bones, vai para lá viver e aterroriza toda a gente.

O Dr. Livesey dá uma consulta ao pai de Jim que está gravemente doente, e enfrenta sozinho o rufia do marinheiro. Um dia, Jim é forçado a chamar o médico para consultar o seu ''amigo Bill''. Depois, o Bill tem um ataque de que recupera muito lentamente. Nesse mesmo dia, um cego, Pew, aparece na estalagem para convocar Bill para um encontro. Bill tem outro ataque e morre. Jim e sua mãe escapam a tempo do ataque dos piratas depois de vasculharem os bolsos de Bill. Na confusão que se segue, Pew morre. Uma das coisas que conseguiram tirar dos bolsos de Bill é um mapa completo de uma ilha com latitude e longitude e uma anotação " tesouro aqui". John Trelawney propõe desde logo que ele e o médico arranjem um navio e vão em busca do tesouro. Vai até Bristol onde compra um navio para a viagem, o Hispaniola. Depois chama Jim e contrata Long John Silver, o proprietário de um bar e antigo marinheiro que tem uma perna artificial. Cabe-lhe arranjar uma tripulação e fazer de cozinheiro e de agente dos seus interesses quando o navio iniciar a viagem. Algumas coisas têm um ar vagamente suspeito. O Capitão Alexander Smollett substituiu o Capitão Flint e opõe-se a quase tudo. A sua primeira ordem é guardar as armas e as munições em local a que a tripulação não tenha acesso. A viagem até à ilha dá-se sem incidentes. Mas, exactamente antes do desembarque, Jim sobe a uma barrica para ir buscar uma maçã e ouve o plano de Silver para fazerem um motim com os antigos membros da tripulação do Capitão Flint. Nesse momento a ilha fica à vista. Jim revela o seu segredo ao capitão. Este permite que a tripulação desembarque na manhã seguinte. Jim vai também para poder espiar. Já em terra, Silver mata dois dos marinheiros que recusaram juntar-se ao motim, agredindo-os com a sua perna-de-pau antes de os matar a tiro. Na tentativa de escapar, Jim acaba por encontrar um velho na ilha, Ben Gunn, chegado lá havia três anos. Ben Gunn orienta Jim até uma parte da ilha onde o capitão e a tripulação, em menor número, foram forçados a procurar refúgio. Na Hispaniola flutua agora a bandeira com a caveira e os ossos. Os que se mantêm leais conseguem aguentar o primeiro ataque, depois Jim junta-se-lhes. As suas provisões são escassas. Silver pede tréguas, oferecendo a liberdade em troca do mapa, mas o capitão ri-se desta proposta. Pouco depois, os piratas atacam de novo e em força, mas são repelidos a custo. O médico parte em busca de Ben Gunn e Jim decide fazer o mesmo. Depois de dar com o barco feito por Ben, rema até ao portal do Hispaniola e corta as amarras dos escaleres para retirar aos piratas meios de fuga. A ondulação acaba por destruir o barco de Ben. Jim regressa ao local onde estavam os seus amigos, mas os piratas já lá estavam e capturam-no. Os outros tripulantes tinham procurado refúgio na caverna de Ben Gunn. Quando Jim lhes conta que tomou o navio, os homens rejeitam a autoridade de Silver e planeiam matar Jim. Contudo, Silver consegue ganhar a sua confiança e evitar que matem Jim. Na manhã seguinte, chega o Dr Livesey e trata dos feridos e dos doentes - de acordo com o pacto que fizera com os piratas. Apesar de ser encorajado pelo médico a fugir, Jim recusa - tinha dado a sua palavra, não queria voltar atrás. Silver promete zelar pela vida de Jim e o médico promete fazer os possíveis para evitar o enforcamento do pirata. Benn confidencia a Livesey que, na altura em que chegou à ilha, tropeçou num tesouro e transportou-o para a sua caverna. Os piratas não abandonarão a ilha sem o tesouro. Inicialmente os sinais parecem bons: encontram um esqueleto que parece apontar para determinado local.

Quando chegam lá, verificam que está vazio. Receando retaliações, Silver dá uma arma a Jim e salva-lhe de novo a vida. O médico e a sua companhia conseguem matar dois piratas e dar fuga aos outros. O grupo de Trelawney regressa à caverna de Ben, recolhe o seu prémio e dirige-se para o navio com Long John Silver e Ben Gunn. Três dos revoltosos são abandonados na ilha. Durante a viagem de regresso, o Hispaniola pára brevemente nas Índias Ocidentais e Long John consegue escapar com um saco de moedas. Os outros chegam sãos e salvos a Bristol.

Fonte: http://pt.shvoong.com/books/children-and-youth/1705921-ilha-tesouro/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

ESTAMOS DE MUDANÇA!!!

Os verdadeiros barcos piratas

Veja o navio de Barba Negra em foto dos sets de “Piratas do Caribe 4″