Batalha Contra Piratas Custa Caro, Mas Vale a Pena

foto: EPA

Os prejuízos anuais causados à economia mundial pelas ações dos piratas somalis são avaliados em 5 a 7 bilhões de dólares – informou o porta-voz da força naval dos Estados Unidos, a qual é diretamente responsável pela batalha contra os bandidos marítimos na zona do Corno da África.

Os almirantes estadunidenses calcuaram não somente o dinheiro pago para resgatar os barcos capturados. Na avaliação do prejuízo foram também levados em consideração outros fatores, tais como o custo de uso dos vasos de guerra partulhando as áreas perigosas, o pagamento dos serviços dos guardas armados a seu bordo, assim como o aumento do seguro das embarcações circulando nas zonas de risco.

O vice-procurador-geral da Rússia, Aleksandr Zviaguintsev, responsável, em sua instituição, pelos assuntos da cooperação internacional, apontou a cifra de 15 bilhões de dólares. E alegou umas estatísticas a corroborar esse cálculo. Todo ano, quase 20 mil barcos passam pela via marítima mais curta entre a Europa, a Ásia e a África. Transportam cerca de 7 por cento de todo o petróleo consumido pela humanidade e 30 por cento do petróleo e gás consumidos pela Europa. Oitenta por cento das operações de carga são realizados por via marítima. As despesas com seu transporte recaem em orçamentos nacionais e ficam embutidos no custo das mercadorias transportadas, assim elevando seu preço final. É porque a Rússia apela à comunidade internacional que sejam elaboradas umas normas sobre persecução penal aos piratas e criado um tribunal internacional.

Tal tribunal haveria de se situar o mais perto possível da zona de ação dos bandidos marítimos e funcionar sob os auspícios das Nações Unidas. Entretanto, a zona de atividades piratas vai se ampliando, tendo praticamente todo o oceano Índico se tornado um valhacouro de bandidos. Mesmo as Marinhas de todos os países do mundo não estariam em condições de controlar tais vastidões de uma maneira eficiente. Que é que impede uma luta exitosa contra os piratas? A pergunta é respondida por Vassili Gutsuliak, especialista em Direito Marítimo trabalhando no Instituto de Pesquisas Estatais e Jurídicas junto à Academia de Ciências da Rússia: É sobremaneira complicado patrulhar vastidões oceânicas infinitas, não podendo, portanto, a ajuda vir sempre prontamente. É porque as forças navais deveriam ser reforçadas, em primeiro lugar, no aspeto quantitativo. Urge criar uma força naval aliada por decisão do Conselho de Segurança das Nações Unidas.

E embora alguns analistas não vinculem diretamente as atividades dos piratas às dos terroristas internacionais, os últimos fatos mostram que a bandidagem no mar é um nutriente importante para a ação de grupos extremistas.

Fonte: http://portuguese.ruvr.ru/2011/03/10/47165361.html (10/03/2011)

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