Jack tem a força

Enquanto o personagem estiver vivo, plateias vão embarcar nesse navio, diz diretor.

Rob Marshall confessa que não se intimidou com o fato de ser o newcomer (novato) a bordo da nova nave de Piratas do Caribe. Para ele, apesar das mudanças, a essência da série segue a mesmas. "Tudo gira em torno da história e dos personagens, e eu poderia até dizer - do personagem, Jack Sparrow. Enquanto mantivermos Jack vivo, e dinâmico, divertido, o público estará conosco."

Como a história de Will Turner (Orlando Bloom) e Elizabeth Swann (Keyra Knightley) foi resolvida no terceiro filme, o primeiro grande desafio da produção foi criar novos personagens, ou uma nova linha narrativa. A entrada em cena de Angélica (Penélope Cruz) é o pivô desse turning point de Piratas do Caribe. Navegando em Águas Misteriosas passa a ser um título um pouco simbólico.

Em entrevista ao Estado, a atriz já disse que participar de uma brincadeira dessas é espetacular. Angélica não foi criada especialmente para Penélope, mas o diretor Rob Marshall, que a compara a uma jovem Sophia Loren - e ele fez Nove com as duas -, diz que nunca pensou em outra intérprete para o papel. O fato de Penélope estar grávida quando iniciou a filmagem, não o intimidou. "Desde o início, sabíamos disso e tomamos todo cuidado para não interromper sua gravidez. Ela tem muitas cenas de ação, mas fez só o que era seguro", diz o produtor Jerry Bruckheimer.

Johnny Depp foi a bússola na construção dessa aventura. "Ele domina tanto o personagem que todo mundo, do produtor aos roteiristas e até eu, queríamos ouvir o que ele tinha a dizer sobre o filme", explica Marshall. E ele acrescenta que isso durou só até o início da filmagem. "Depois, Johnny recolheu-se à função de ator." Dirigir, nunca mais, disse o ator na coletiva de Los Angeles, ressabiado com o resultado que obteve em O Bravo, The Brave, apesar da presença do mítico Marlon Brando.

Não se trata só de um filme, mas de um fenômeno da cultura pop. Os críticos vão torcer o nariz, mas a interpretação de Johnny Depp segue primorosa e a cena das sereias é realmente impressionante. Começa como um salto no fantástico, maravilhoso. Vira um espetáculo de horror. O novo Piratas do Caribe é melhor em partes - o primeiro duelo de Jack Sparrow com seu alter ego na taverna é uma cena de musical. E, ah, sim, é aconselhável que você atravesse os créditos finais, de quase dez minutos, porque ainda existe uma última cena importante. É ela que desenha o que poderá ser... o 5?

PIRATAS DO CARIBE: NAVEGANDO EM ÁGUAS MISTERIOSAS
Direção: Rob Marshall.
Gênero: Aventura (EUA/2011, 141 minutos).
Censura: 12 anos

Fonte: http://www.estadao.com.br/estadaodehoje/20110519/not_imp721143,0.php (19/05/2011)

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