Jean L’Olonnais



Texto de Dalton Delfini Maziero

Jean David François Nau foi o mais infame dos piratas, conhecido como Flagelo espanhol. Sua história foi marcada pela brutalidade, sadismo e torturas. L’Olonnais veio da França (de Sables d’Ollone) para a Martinica (Caribe) em 1650, com 20 anos. Nesta época, a Europa recém saída da Guerra dos Trinta Anos, estava devastada.

Durante três anos, trabalhou como servo em plantações de açúcar e tabaco. Conquistando sua carta de alforria, seguiu para Ilha Hispaniola (Santo Domingo), onde aprendeu a arte de navegar junto aos bucaneiros.

No mar, destacou-se pela sua técnica náutica e também, por sua violência contra os espanhóis, nutrida desde a Guerra dos Trinta Anos. Em parceria com La Place – Governador de Tortuga –, L’Olonnais partiu pelos mares caribenhos, pilhando povoados espanhóis. Como capitão, construiu sua reputação torturando seus prisioneiros. Satisfazia-o em especial, arrancar a língua de suas vítimas, e devorar-lhes o coração ainda crú e pulsante. Certa vez, em um de seus acessos de brutalidade, degolou 50 espanhóis com sua própria espada.

Em 1666, realizou junto ao flibusteiro Michel d’Artigny (Michael Basco), um grande ataque a Maracaibo (Venezuela) com 8 navios e 600 homens. Juntos, perseguiram a população que se refugiava nas matas próximas, torturando-os na esperança de que lhes revelassem o esconderijo de suas riquezas. Partindo de Maracaibo, invadiram a cidade de Gibraltar, saqueando-a por quatro semanas. Na Ilha de Corso foi dividido o butim, com enorme lucro aos piratas, que além de ouro e prata, repartiram jóias e sedas.

O excelente lucro motivou L’Olonnais a seguir à Nicarágua e Puerto Caballo (Honduras), onde saquearam sem grande sucesso. Foi nessa ocasião, procurando um caminho para a cidade de San Pedro, que ocorreu um dos atos de maior atrocidade de L’Olonnais, abrindo o peito e devorando o coração dos que se recusavam a colaborar.

O fracasso dessa expedição e os atos extremos de violência do Capitão pirata levaram parte de sua tripulação a desertar. Três anos depois, durante uma de suas navegações, foi surpreendido por uma tempestade que fez naufragar sua frota. Os poucos piratas sobreviventes desembarcaram em uma ilha próxima à Costa Rica, onde foram capturados, esquartejados e devorados por um grupo de canibais. Acabava assim, o legado de terror de L’Olonnais.

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