Marinha espanhola captura oito presumíveis piratas somalis


Foto: Joint Command Lisbon / Flickr

Por Nuno de Noronha, em Madrid - lcc07104@letras.up.pt

As manobras desenvolvidas no âmbito da operação europeia "Atalanta" conduziram à detenção de oito suspeitos de pirataria e à apreensão de diverso material bélico, no domingo, ao largo da costa da Somália.

É mais uma das operações bem sucedidas da Força Naval Europeia para a Somália (EUNAVFOR). Ontem, domingo, a fragata "Victoria", da Armada espanhola, apreendeu várias armas e equipamento susceptível de utilização em actos de pirataria.

As operações de defesa e protecção do Oceano Índico, que implicaram o abate de um navio baleeiro, conduziram ainda à detenção de oito alegados piratas somalis. Segundo informa o Ministério de Defesa de Espanha, num comunicado de imprensa, os oito suspeitos capturados foram transportados para a Somália, pela marinha espanhola, que tem vindo a desencadear várias operações no âmbito da missão "Atalanta", da EUNAVFOR.

Centenas de piratas já foram interceptados no Índico, mas os ataques e sequestros continuam a suceder, sobretudo, no Golfo de Áden e ao largo da Somália.

Conselho de Ministros prevê alargamento do prazo da missão "Atalanta"
Durante uma reunião do Conselho de Assuntos Exteriores da União Europeia, ontem, no Luxemburgo, presidida pela Alta Representante dos Assuntos Exteriores e Política de Segurança, Catherine Ashton, os ministros da Defesa europeus mostraram interesse em dilatar a duração da operação militar para além de 2010.

A ministra espanhola encarregue da pasta da Defesa, Carme Chacón, destacou, durante o encontro, os resultados da operação da União Europeia (UE) contra a pirataria nas águas do Índico. A missão que visa a prevenção e repressão contra actos de pirataria na costa somali, iniciada em 8 de Dezembro de 2009, já levou à apreensão de diverso material utilizado em acções de pirataria e à captura de centenas de piratas.

Só desde Março de 2010, as acções de vigilância e controlo dos portos somalis permitiram desarticular 21 organizações constituídas por 250 piratas e destruir mais de 30 barcos e 11 embarcações de apoio ao exercício da pirataria marítima.

Esta actividade criminosa é vista, na Somália, como uma forma rápida e eficaz de ganhar dinheiro. Os piratas pedem resgates milionários, muitas vezes pagos por empresas que preferem recuperar os seus trabalhadores e reaver os seus produtos de uma forma unilateral, do que esperar pela intervenção policial.

Os piratas somalis são os mais activos
Tal como indica um relatório emitido pelo Gabinete Internacional Marítimo (IMB), 35 dos 67 incidentes registados no primeiro quadrimestre, nas águas do planeta, foram perpetrados por criminosos procedentes da Somália. Pelo menos 194 tripulantes foram sequestrados e 12 ficaram feridos.

No mesmo período do ano passado, já tinham ocorrido 102 ataques. O IMB explica que a presença continuada de navios-patrulha ao longo do Golfo de Áden e nas águas da África Oriental tem contribuído para uma redução significativa do número de episódios violentos na região.

Fonte: http://jpn.icicom.up.pt/ (25/04/2010)

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