Cinema

O Pirata Sangrento
(The crimson pirate, 1952)

O pirata sangrento é vendido – pelo menos aqui, no Brasil – como “o melhor filme de piratas de todos os tempos”. O enredo até que é interessante, apresentando as aventuras do Capitão Vallo (Burt Lancaster) e o resgate do revolucionário El Libre, envolvendo negociações escusas com o armamento roubado do espanhol Barão Gruda. Em meio a tudo isso - existe é claro - o já manjado romance com a heroína do filme, motins, e uma longa sequência de luta no final.

O filme é fiel ao que promete: diversão para toda família. E isso é justamente seu pecado... Após 30 minutos, não agüentamos mais o sorriso de vendedor de pastas de dente de Burt Lancaster, e as peripécias circenses de seu fiel escudeiro, o pirata mudo Ojo (interpretado por Nick Cravat, que fez outros filmes com Lancaster, e que é mudo na vida real).

O clima de pastelão jamais deixa o filme tomar um caminho sério. Piadas medíocres e ingênuas – irritantemente ingênuas às vezes - , soldados idiotas a ponto de tropeçarem todos juntos numa corda; e roupas tão fajutas, que mais parecem alugadas de uma loja de fantasias. No final, sobra uma cena que foi usada com muita semelhança em Piratas do Caribe - a maldição do Pérola Negra, onde os personagens caminham no fundo do mar sob a carcaça de um barco pesqueiro. Será mera coincidência?

Enfim, O Pirata Sangrento... de sangrento não tem nada. É certamente, um dos piores filmes de piratas que já assisti.

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