Piratas somalis detidos por russos não chegaram à costa

EFE.

Os piratas somalis detidos durante a operação de resgate do petroleiro "Moscow University" e depois libertados não chegaram à costa, informou nesta terça-feira um alto representante do Ministério da Defesa da Rússia.

"Segundo os últimos dados, os piratas não conseguiram chegar à costa. Ao que tudo indica, todos morreram", disse o oficial ao ser perguntado sobre a situação dos dez sequestradores do petroleiro, tripulado por 23 marinheiros russos.

A fonte assinalou que os piratas, detidos por infantes de marinha da fragata russa "Marshal Shaposhnikov", foram transferidos a uma barca e postos em libertados a 300 milhas do litoral, sem armas e equipamentos de navegação, segundo a agência RIA Novosti.

O sinal do barco com os piratas desapareceu dos radares da fragata russa uma hora depois da libertação, disse o oficial, que não confirmou se a embarcação era uma das lanchas de assalto dos próprios sequestradores nem deu outros detalhes.

O Ministério da Defesa da Rússia anunciou no último dia 7 de maio, dia seguinte ao resgate do petroleiro pela fragata militar russa, sua decisão de libertar os piratas por conta das "deficiências das normas jurídicas internacionais".

O presidente da Associação de Direito Marítimo Internacional e juiz do Tribunal da ONU sobre o tema, Anatoli Kolodkin, indicou então que o capitão de fragata que detém piratas tem direito a decidir se os entrega para ser julgados ou os liberta.

Durante o assalto do petroleiro pelos piratas e sua libertação pela fragata não houve feridos nem entre os militares russos nem entre os sequestrados, que se fecharam na sala de máquinas à espera da chegada da embarcação de guerra.

Após assegurar que os marinheiros estavam a salvo, a fragata abriu fogo com metralhadoras contra os piratas, matando um deles e ferindo vários outros. A seguir, os sequestradores foram rendidos por infantes de marinha, segundo a versão oficial.

O "Moscow University" foi sequestrado no último dia 5, a cerca de 350 milhas do litoral de Socatra (Iêmen) quando se dirigia à China com uma carga de 86 mil toneladas de petróleo com valor superior a US$ 50 milhões.

Fonte: http://noticias.terra.com.br/mundo/noticias/ (11/05/2010)

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